O que você vai ver nesse artigo:
Os riscos ambientais estão presentes nos mais diversos segmentos, mesmo em operações aparentemente mais simples. Por exemplo, um prédio comercial, que normalmente possui em seu subsolo um tanque de estocagem de combustível para geração de energia e que pode ter um problema em caso de vazamento.
O exemplo acima apenas ilustra como qualquer negócio pode estar sujeito a um risco ambiental. Por isso, é importante estar atento.
Em geral, questões ambientais nem sempre estão na pauta das prioridades de prédios ou estabelecimentos comerciais, pois muitas vezes existe uma tendência a se pensar que é um assunto restrito ou relevante para segmentos mais expostos, como a indústria química ou mineração, por exemplo. Entretanto, praticamente todos os setores da economia podem estar sujeitos a riscos.
Além das questões legais e regulatórias, cada vez mais, a postura adotada diante de questões ambientais é avaliada pela opinião pública, o que reflete em sua reputação e na saúde dos negócios. Por isso, assuntos ambientais estarão sempre em pauta e é difícil mensurar o dano que um risco operacional pode causar a uma empresa ou comércio.
O que são riscos ambientais?
Os riscos ambientais são compostos por todos os agentes físicos, químicos e biológicos no ambiente de trabalho que podem causar danos à saúde do trabalhador e ao próprio meio ambiente.
Está presente nos mais diversos segmentos de atuação profissional: desde as grandes indústrias até operações mais simples, como um prédio comercial que possui em seu subsolo tanque de combustível para aquecimento de caldeiras, ou mesmo no setor de serviços, como hospitais, hotéis, entre outros, que podem gerar impactos ambientais.
Quais são os segmentos com maior potencial para danos ambientais?
Cada negócio tem uma especificidade, mas todos os produtos, mesmos os não perigosos, podem, em caso de vazamento de produtos químicos ou descarte acidental inadequado, comprometer a qualidade do solo e da água e, por sua vez, o dia a dia de comunidades próximas, o que pode gerar diversos processos judiciais e prejudicar a saúde financeira dos responsáveis.
Em momentos de dificuldades financeiras, a proteção ambiental tende a cair ainda mais na lista de prioridades das empresas, o que acaba ampliando os riscos. Isso porque a empresa pode não realizar as inspeções periódicas obrigatórias, não solicitar as autorizações necessárias ou ainda não realizar o descarte de resíduos da maneira correta, o que muitas vezes provoca um dano ambiental.
Qual é o risco ambiental mais comum na operação das empresas?
Seja qual for a indústria ou o serviço em questão, sempre existe o risco relacionado ao transporte, seja de produtos ou resíduos. Durante este trajeto, pode ocorrer um acidente que provoque o vazamento de um produto poluente no solo ou no corpo hídrico, por exemplo, causando impacto ambiental.
Em um caso como esse, a empresa responsável pelo material ficaria encarregada dos custos para realizar a limpeza do solo, a contenção do material no corpo hídrico afetado e outros prejuízos eventualmente causados.
Dependendo da região do acidente, pode atingir uma comunidade, ocasionando desde danos pessoais para os moradores que consumam a água do local, até mesmo prejuízos financeiros, caso os indivíduos tenham suas propriedades atingidas pela contaminação, ou ainda, utilizem a água para algum fim comercial.
Quais são os custos envolvidos na reparação de um dano ambiental?
Existem diversos custos, como limpeza e remediação da área em questão. Dependendo do meio afetado, a remediação pode ter um valor muito elevado. Caso o poluente chegue ao lençol freático, por exemplo, a limpeza se torna ainda mais complexa de ser feita.
Além disso, existem todos os fatores que envolvem as questões ambientais atualmente, como os danos aos recursos naturais (fauna e flora), custos de defesa, investigação e também a etapa de monitoramento, pois além de realizar a limpeza, é necessário verificar se tudo o que foi afetado no acidente está retornando para a sua condição original de acordo com os parâmetros legais.
Isso inclui realizar a análise do solo, da água e de todo o ambiente afetado, gerando custos que um seguro ambiental pode cobrir, protegendo assim a empresa de grandes perdas financeiras.
A preocupação com temas ambientais está cada vez mais presente no mundo todo. E no Brasil não é diferente. É possível ver uma conscientização maior na sociedade como um todo, inclusive com iniciativas ligadas à captação de investimentos ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance, na sigla em inglês) e medidas legislativas e judiciárias voltadas para amparar a preservação e recuperação do meio ambiente.
Apesar da crescente conscientização no país, quando falamos em seguro ambiental, o Brasil ainda tem muito potencial de crescimento se comparado com mercados mais maduros, especialmente na Europa e Estados Unidos. Na última década, de 2011 a 2020, a busca pelo Seguro Ambiental no Brasil aumentou pouco mais de seis vezes e chegou a R$ 125 milhões em prêmios emitidos, segundo a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
Como prevenir os riscos ambientais na operação de uma empresa
Atualmente, quase todas as empresas possuem algum tipo de exposição ambiental e podem ser responsabilizadas por eventos de poluição.
Em alguns casos, a empresa é obrigada a reparar os danos causados ao meio ambiente, podendo gerar contas altíssimas para companhias que não possuem reservas em seu caixa para esse tipo de despesa.
Por isso, é fundamental se prevenir contra esse tipo de risco.
Saiba como:
Investir na prevenção
Independentemente da sua área de atuação, a empresa deve sempre se atentar sobre a importância de programas de prevenção, monitoramento e gestão de riscos ambientais. Por isso, investir na segurança é a melhor forma de minimizar os riscos ambientais e evitar também as perdas financeiras decorrentes de um acidente.
Mapear os riscos
É fundamental a conscientização de risco ambiental nas empresas, além de estar em conformidade com as exigências das regulamentações vigentes no país.
Além disso, é importante a companhia avaliar sua exposição ao risco ambiental, pois um incidente não só pode causar danos diretos ao meio ambiente, como a poluição de rios ou emissão de gases poluentes na atmosfera, mas também gerar
prejuízos enormes às empresas pela falta de agilidade na reparação da área afetada e desconhecimento quanto às regras de fiscalização e plano de ação.
A AIG entrega soluções para minimizar os impactos ambientais, que podem estar presentes tanto com edifícios comerciais, como de incidentes durante o transporte de cargas ou vazamento de produtos químicos, além de infraestrutura, obras e prestação de serviços em geral.
Para saber mais sobre o tema, ouça o podcast da série Negócio Seguro AIG Play com dicas de prevenção e as melhores práticas para que empresas possam agir preventivamente na estruturação de planos de resposta rápida a incidentes ambientais:
Como avaliar os riscos ambientais
O risco ambiental está presente nos mais diversos segmentos da indústria e serviços, apesar de ainda ser uma novidade para uma grande quantidade de empresas. O desconhecimento dessas exposições e a falta de uma gestão ambiental adequada são uma ameaça financeira, reputacional e organizacional para pequenas, médias e grandes instituições.
Estruturar um plano de gestão de riscos ambientais é uma tarefa que exige, de gestores e administradores de qualquer negócio, uma reflexão profunda que passa desde a presença ou não de produtos contaminantes na operação da empresa, os sistemas de controle aplicados, até operações de transportes de cargas e produtos nocivos ao meio ambiente – imagine que durante um transporte de químicos, um caminhão acaba tombando na pista, atingindo uma área de mangue.
Como fazer a limpeza e recuperação rápida da área afetada?
É possível acionar qualquer empresa para o atendimento? Um estudo recente da AIG mostrou que cerca de 50% dos acidentes ambientais na Europa são causados pelos setores de transporte e concessionárias de utilidades (energia, saneamento e gestão de resíduos).
No Brasil, é possível observar uma tendência semelhante: de acordo com dados da CETESB (SP), mais de 60% dos acidentes ambientais ocorridos no estado, são causados por esse segmento. Outro destaque do estudo da AIG são os tipos de poluentes registrados durante as notificações de sinistros na Europa: em sua maioria hidrocarbonetos de petróleo, seguido de esgoto.
Já segundo a CETESB, líquidos inflamáveis (que incluem hidrocarbonetos de petróleo) derramados em acidentes rodoviários são também os principais contaminantes em acidentes ambientais, seguido dos gases tóxicos são.
Em todos esses casos, independente do setor e do material poluente descartado, as empresas poluidoras são obrigadas, por lei, a responsabilizarem-se por qualquer dano ambiental causado.
É neste momento que o Seguro Ambiental atua, pois oferece cobertura para os danos ambientais decorrentes de condições de poluição, incluindo a remediação, investigação, descarte, tratamento, monitoramento e transporte de resíduos, além de eventuais danos aos recursos naturais em si, bem como danos a terceiros.
A AIG foi a pioneira na oferta do Seguro de Riscos Ambientais no Brasil, no início dos anos 2000. E desde então, o mercado está cada vez mais consciente da importância deste seguro nas agendas corporativas.
Melhores práticas no gerenciamento de riscos ambientais
É importante alertar, porém, que a proteção do seguro deve ser combinada com as melhores práticas quando se trata de gerenciamento de risco. Como qualquer empresa, um prédio comercial deve fazer uma avaliação de riscos ambientais, com o objetivo de minimizar as chances de um incidente desse tipo.
Vale também verificar alguns pontos de atenção aos quais todo empresário deve se ater para que acidentes ambientais não ocorram ou, se acontecerem, sejam amenizados e não comprometam suas atividades. Isso pode ser feito com a adoção de práticas simples, mas de fundamental importância. Confira algumas delas:
Manutenção e inspeções periódicas em tanques e dutos
Podem surgir fissuras nas estruturas, daí a recomendação de revisões periódicas. Os tanques devem ter diques de contenção, canaletas de drenagem e encaminhamento da substância vazada.
Implantação de sistemas de gestão de resíduos
Que englobem estocagem, transporte e destinação final.
Impermeabilização
É imprescindível que seja feita a impermeabilização dos locais de armazenamento, disposição – ainda que temporária – e dos locais onde caminhões carregam ou descarregam produtos e resíduos. Se houver algum vazamento, ele será amenizado.
Monitoramento do solo
Para locais com muitos tanques e alto volume armazenado, é uma boa prática monitorar periodicamente o solo e o lençol freático.
Controle de emissões
Seja qual for a emissão gerada, deve ser monitorada, para que nada saia do padrão estabelecido por lei.
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